A dor crônica é uma condição clínica que causa sofrimento e incapacidade em uma grande parcela da população. Muitas vezes é de difícil controle, mas muito se tem pesquisado para aliviar o sofrimento desses pacientes.

Mas para continuar este artigo, vamos inicialmente definir o que é dor.

Segundo a Associação Internacional para o Estudo da Dor (IASP), a dor se caracteriza como uma “experiência sensorial e emocional desagradável associada a um dano real ou potencial dos tecidos, ou descrita em termos de tal dano. É uma experiência subjetiva e pessoal, envolve aspectos sensitivos e culturais que podem ser alterados pelas variáveis socioculturais e psíquicas do indivíduo e do meio”.

Ou seja, cada indivíduo sente dor a sua maneira. Uma dor nunca é igual entre duas pessoas, mesmo quando o fator causador é igual. Percebemos isso facilmente na prática clínica diária. Cada pessoa reage ao estímulo doloroso de forma individual, baseado não apenas no aspecto físico da agressão aos tecidos, mas também nas experiências semelhantes que já passou ou presenciou na vida, na ansiedade, na insegurança, no medo; ou por outro lado, na tranquilidade derivada da confiança de que tudo vai dar certo. Não é à toa que Deus deu o encargo de gestar e parir às mulheres, pois em geral, elas são muito mais corajosas e resistentes à dor aguda que os homens. Entretanto, por serem muito mais sensíveis e emotivas sofrem muito mais de dor crônica. Pode parecer bobagem, né. Mas sentimentos e emoções tem muito a ver com dor crônica.